Por Leandro Martins
Paralisação dos bancários, que reivindicam reajuste salarial de 10% e o impasse das instituições financeiras que oferecem 4,5 % de aumento, prejudicam o dia-a-dia dos cidadãos de baixa renda. Hoje a greve completa 14 dias no DF e em todo o Brasil. Correntistas que precisam resolver pendências, como cartão magnético bloqueado e saque, enfrentam dificuldades. Quem não tem acesso a internet ou canais alternativos oferecidos pelas instituições financeiras, são os que mais sofrem com a greve.
Com o fechamento dos bancos, comerciantes também são vítimas. A clientela é baixa devido a falta de dinheiro, porque a grande maioria da população não conseguiu sacar o salário. Quem precisa de aprovação de crédito também é afetado. Estou precisando de uma moto urgente, mas o banco precisa aprovar o financiamento, reclama Rafael Feijó, 27, office-boy. As lotéricas e os postos que ainda funcionam, não resolvem todos os problemas, e as filas são enormes. Com isso, as pendências vão se agravando.
Nesse impasse entre bancos e trabalhadores, os cidadãos desprovidos de tecnologia são os mais prejudicados com transtornos em filas nas casas lotéricas. A dependência é total. A greve dos bancários é por tempo indeterminado, enquanto isso as pessoas arcam com os prejuízos.