Greve bancária causa transtornos

Por Leandro Martins

Paralisação dos bancários, que reivindicam reajuste salarial de 10% e o impasse das instituições financeiras que oferecem 4,5 % de aumento, prejudicam o dia-a-dia dos cidadãos de baixa renda. Hoje a greve completa 14 dias no DF e em todo o Brasil. Correntistas que precisam resolver pendências, como cartão magnético bloqueado e saque, enfrentam dificuldades. Quem não tem acesso a internet ou canais alternativos oferecidos pelas instituições financeiras, são os que mais sofrem com a greve.

Com o fechamento dos bancos, comerciantes também são vítimas. A clientela é baixa devido a falta de dinheiro, porque a grande maioria da população não conseguiu sacar o salário. Quem precisa de aprovação de crédito também é afetado. Estou precisando de uma moto urgente, mas o banco precisa aprovar o financiamento, reclama Rafael Feijó, 27, office-boy. As lotéricas e os postos que ainda funcionam, não resolvem todos os problemas, e as filas são enormes. Com isso, as pendências vão se agravando.

Greve dos bancários

Nesse impasse entre bancos e trabalhadores, os cidadãos desprovidos de tecnologia são os mais prejudicados com transtornos em filas nas casas lotéricas. A dependência é total. A greve dos bancários é por tempo indeterminado, enquanto isso as pessoas arcam com os prejuízos.

Correios do DF continuam em greve

Por Meire Bete

Hoje, quinta-feira, a greve dos funcionários dos Correios completa nove dias. E os consumidores estão sendo prejudicados. Mais de 40 milhões de correspondências estão atrasadas. No último dia 16, os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelos Correios e mantiveram a greve.

De acordo com o Procon/DF, uma lei distrital garante aos consumidores o não pagamento de taxas e juros por atraso de cobranças não entregues por causa de greve. A lei assegura ao consumidor o direito de pagar essas contas sem cobranças adicionais, no primeiro dia útil, após o fim do movimento grevista.

Os funcionários dos Correios reivindicam reajuste salarial de 41,03% e aumento de R$ 300 no piso da categoria, vale-alimentação de R$ 30 e auxílio cesta básica de R$ 250, além da redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso.

Bancários do DF entram em greve por tempo indeterminado

Por Danielle Marques

A partir desta quinta-feira, os bancários do Distrito Federal paralisaram as atividades em 600 agências por tempo indeterminado. Funcionários de instituições públicas e privadas rejeitaram ontem em assembleia a proposta de reajuste salarial de 4,5% oferecida pela federação dos bancos (Fenaban).

O Sindicato que representa os trabalhadores estima que a adesão neste primeiro dia de protesto ficará em torno de 50%, no DF corresponde a cerca de 20 mil pessoas.

Devido a paralisação, parte dos serviços prestados nas agências tende a ser prejudicada, os clientes precisam tomar cuidados para evitar transtornos e o pagamento de multas por atraso na quitação de contas próximas ao vencimento. Os funcionários esperam que o ato obrigue os bancos a reabrir o diálogo.